Modelos Plus Size revelam seus segredos no FWPS 2012
Olá queridas, cobertura total do Fashion Weekend Plus Size e tenho que comentar um pouquinho de tudo né?!
Bom vamos começar pelo que mais me impressionou: o desfile de lingerie. Fiquei maravilhada! Além das peças serem lindas, as modelos entraram lá tão bonitas, tão confiantes, tão seguras de si… Elas estavam semi-nuas – acreditem, essa da foto era a mais “vestida” – e entraram com a cara, a coragem e o corpão! E pra ser sincera? Foi lindo! Porque afinal, quem não tem uma pele balançando quando anda? Que mulher normal não tem uma gordurinha no quadril?
Bom, desculpa quem não concorda… Mas ela é linda! hua hua
O fato é que, depois disso, tive que perguntar para as meninas qual era o segredo de TANTA confiança e como elas conseguiram se aceitar tão bem com suas medidas Plus Size – lá variavam do 46 ao 52. (Lembram que eu já tinha contado os segredinhos da Mayara Russi AQUI né?!)
A Miss Brasil Plus Size, Cléo Fernandes, contou que o principal não foi se aceitar, “o principal foi expandir meu conceito de beleza. Foi entender que a mulher magra é bonita, mas a gorda também. Cada uma ao seu jeito. Foi descobrir que a mulher com curvas também tem sua beleza e passar a admirá-la“. Cléo também confessou que não faria nenhuma cirurgia plástica “eu não entro na faca por vaidade”, brinca a Miss.
A linda Simone Fiuza foi
além e deu uma dica apimentada pra quem busca a felicidade. “Eu sempre
fui gordinha e sempre fiquei com um monte de caras, independente do meu
peso. O importante é o jeito que você seduz, como você olha, o que você
tem dentro da cabeça e não em cima da balança”. Ela deu a dica mais
valiosa dessa vida “você tem que ser feliz HOJE. Não tem que ficar
adiando as coisas para quando você “for magra”, do tipo ‘ahhh vou à
praia quando for magra’. Tem que fazer e sentir tudo no agora, senão
perde a chance e não vive”.
A outra gatíssima que encontrei por lá foi a Jovianny Sierascky,
que foi super sincera e me contou que o processo de aceitação é diário,
mas que fica tudo muito mais fácil por causa da resposta maravilhosa
que ela tem com o trabalho: “é uma aceitação mútua. O retorno que tenho
das meninas que admiram meu trabalho e se espelham em mim, sem dúvida é o
que faz eu me sentir tão bem e tão feliz”. Ela acredita que o principal passo para a aceitação é começar a se cuidar, se vestir melhor, passar uma maquiagem
e sair da “fossa”. “Quando a pessoa não se arruma ela só fica se
sentindo pior e nunca consegue sair do lugar”. A bonita lembrou do
passado negro, antes da aceitação “Eu usava 42, porque vivia de regime,
mas não passava uma semana sem ficar doente”.
A Bruna Gonçales
é outra linda! Além de super confiante na passarela, é um doce fora do
desfile. E olha que arraso que ela fica nas fotos, dá vontade de levar
pra casa >.<
Bom, a Bru sempre foi grande (a gata tem 1,81m de altura!), mas contou que não tinha problema nenhum com isso porque sempre foi atleta – ela luta judô. Ela é da área Plus Size da agência Ford Models Brasil,
mas sua carreira começou mesmo na cara de pau, sabe?! Ela curtia tirar
fotos, aparecer em câmeras e pediu a um amigo que fizesse um book dela.
Depois foi com a cara e a coragem na Ford apresentar suas fotos. Deu tão certo que olha ela aí!
Claro que eu não ia deixar passar em branco e pedi que a Bru nos dissesse o segredinho de beleza dela e como é a sua rotina de beleza. Olha só então a dieta e como ela mantém o corpinho:
“Eu treino
musculação e judô e lá em casa não existe açúcar. Claro que minha dieta
foi feita com ajuda de uma nutricionista, mas eu não me privo de nada.
Só evito tomar refrigerantes e bebo chá o dia inteiro”
REGIME DE MODELO
MANHÃ
Banana + 3 colheres de aveia
Leite de soja + café
1 pão na chapa
ALMOÇO
3 colheres de arroz integral
1 bife grelhado
um prato grande de salada depois da carne
TARDE
Fruta (1 laranja ou um cacho de uvas)
TARDE/NOITE
Uma xícara de café com leite desnatado
JANTA
Carne branca
Batata/mandioca/cenoura
Um pratão de salada
Olha e ela disse que não passa fome não! Eu acredito… E vocês?
Bom, minhas
lindas, falei dos segredinhos de algumas de nossas modelos e acho que
todas nós podemos nos espelhar nelas. Digo isso porque elas passam uma
energia boa de mulheres realizadas.

Falando um pouco do FWPS vi coisas boas e coisas ruins, como qualquer desfile. Mas tenho que dizer que minha esperança foi alimentada depois que vi coletes, jaquetas e shorts de couro, texturas, estampas, transparências e renda. Uma pincelada de moda que em breve será um belo quadro, o começo de uma “revolução” na moda Plus Size. Fiquei contente em ver as meninas usando roupas tão modernas!
HUA HUA
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BJÓN
Olá queridas, em tempos de São Paulo Fashion Week eu fico completamente maluca. A cobertura do SPFW vocês verão na edição de fevereiro da GLOSS com fotos MA-RA-VI-LHO-SAS.
Enquanto isso aqui no nosso mundinho gordinho e feliz, fui em um almoço (no New York, do Frei Caneca) a convite da organização do Fashion Weekend Plus Size. Foi uma delícia e entrevistei 4 modelos Plus Size: a Mayara Russi, a Cléo Fernandes (nossa Miss Brasil Plus Size), a Bruna Gonçales e a Alessandra Linder. Todas lindas e fofas demais. Conclusão: conversei horrores com todas elas e vou postando os “ensinamentos” aos poucos.
Vamos começar pela Mayara Russi, 22 anos, que já trabalha como modelo Plus há 7.
Quando ela tinha 15 anos fez um book para sua festa de debutante,
depois foi vista por alguns olheiros e resolveu entrar em contato com
uma das agências, onde fez um curso de modelagem (fotos e passarela) e
um book. A partir daí ela foi fazendo contatos e os trabalhos foram
aparecendo, hoje esse é o trabalho oficial da Mayara – que vive disso e
está cursando faculdade de moda. Claro que como muitas gordinhas, nem
sempre foi assim, a bonita me contou que no colégio as pessoas lhe davam apelidinhos
e que ela sempre retrucava, por isso tinha muitos amigos, mas quando
chegava em casa sempre ficava mal e achava que tinha que emagrecer. Isso
foi mudar mesmo com o nascimento de seu filho (com 4 anos agora), que
finalmente a Mayara viu que existem coisas MUITO mais importantes na vida do que quanto alguém pesa. Isso aí, gata, super apoiada!
Pedi para ela, que tem toda experiência de mercado, dicas para quem quer se tornar uma modelo Plus Size e aí vai a resposta:
1º passo: “”Procure uma pessoa séria do ramo para ver se você tem o perfil. Não basta só ser bonita e gordinha.”
2º passo: “Procure fazer um material bacana antes de se apresentar para as lojas”
3º passo: “A maioria dos contatos no mundo Plus Size é feita por meio do Facebook. Se é pra ter um Facebook para fazer contato, mantenha suas fotos atualizadas e não coloque as fotos pessoais”
4º passo: “Profissionalismo em 1º lugar. Seja pontual e não misture trabalho com vida pessoal.”
5º passo: “Fazer o curso de passarela me ajudou muito! Mas não se deixe levar por agências pilantras que oferecem book, mas não te dão nenhum job”
Diferente dos desfiles de modelos magrinhas, no mundo Plus Size tudo depende muito dos seus contatos, do carão e da desenvoltura que você tem que ter para dar as caras nas lojas e deixar seu portfólio (além de montar um bom perfil nas redes sociais). Mas só cara-de-pau não faz uma modelo, a Mayara contou um pouquinho da sua rotina de beleza para nós: “Eu me cuido muito! Faço drenagem linfática 2 vezes por semana, hidroginástica 3 vezes por semana e sempre que tem escadas rolantes procuro subir pela escada normal. Corto o cabelo de 2 em 2 meses e faço luzes a cada 3 ou 4. Faço hidratações em casa e de vez em quando faço cauterização”.

E todas as modelos concordam, não basta ser bonita e gostar de tirar fotos. A carreira exige atenção 24 horas por dia: cuidados com a pele (aliás a pele da Mayara é a mais linda que já vi na vida!), com o cabelo, unhas, alimentação, horários, profissionalismo, disposição, etc. Isso sem contar o repertório de poses, caras e bocas para ser capaz de interpretar tudo que as marcas pedirem, aliás essa é a coisa que Mayara mais gosta, “durante a foto a gente se transforma. Tem dias que parecemos meninas, em outros viramos mulherões. A parte mais gostosa do trabalho é ter que interpretar cada hora uma pessoa diferente!”.
Pra quem curtiu, o curso de modelo ela fez na S Model, mas é válido ligar em agências mais conhecidas como a Ford (que, inclusive, tem uma divisão Plus Size) e perguntar se eles têm interesse nesse segmento!
E por hoje é isso, curtiram o post meninas? Me contem nos comentários....
.
HUA HUA
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Enquanto isso aqui no nosso mundinho gordinho e feliz, fui em um almoço (no New York, do Frei Caneca) a convite da organização do Fashion Weekend Plus Size. Foi uma delícia e entrevistei 4 modelos Plus Size: a Mayara Russi, a Cléo Fernandes (nossa Miss Brasil Plus Size), a Bruna Gonçales e a Alessandra Linder. Todas lindas e fofas demais. Conclusão: conversei horrores com todas elas e vou postando os “ensinamentos” aos poucos.

Na
ordem: Renata Poskus Vaz e Ana Cristina de Souza (organizadoras do
FWPS), Cleo Fernandes (Miss Brasil PS), Mayara Russi, Alessandra Linder e
Bruna Gonçales
Pedi para ela, que tem toda experiência de mercado, dicas para quem quer se tornar uma modelo Plus Size e aí vai a resposta:
1º passo: “”Procure uma pessoa séria do ramo para ver se você tem o perfil. Não basta só ser bonita e gordinha.”
2º passo: “Procure fazer um material bacana antes de se apresentar para as lojas”
3º passo: “A maioria dos contatos no mundo Plus Size é feita por meio do Facebook. Se é pra ter um Facebook para fazer contato, mantenha suas fotos atualizadas e não coloque as fotos pessoais”
4º passo: “Profissionalismo em 1º lugar. Seja pontual e não misture trabalho com vida pessoal.”
5º passo: “Fazer o curso de passarela me ajudou muito! Mas não se deixe levar por agências pilantras que oferecem book, mas não te dão nenhum job”
Diferente dos desfiles de modelos magrinhas, no mundo Plus Size tudo depende muito dos seus contatos, do carão e da desenvoltura que você tem que ter para dar as caras nas lojas e deixar seu portfólio (além de montar um bom perfil nas redes sociais). Mas só cara-de-pau não faz uma modelo, a Mayara contou um pouquinho da sua rotina de beleza para nós: “Eu me cuido muito! Faço drenagem linfática 2 vezes por semana, hidroginástica 3 vezes por semana e sempre que tem escadas rolantes procuro subir pela escada normal. Corto o cabelo de 2 em 2 meses e faço luzes a cada 3 ou 4. Faço hidratações em casa e de vez em quando faço cauterização”.

E todas as modelos concordam, não basta ser bonita e gostar de tirar fotos. A carreira exige atenção 24 horas por dia: cuidados com a pele (aliás a pele da Mayara é a mais linda que já vi na vida!), com o cabelo, unhas, alimentação, horários, profissionalismo, disposição, etc. Isso sem contar o repertório de poses, caras e bocas para ser capaz de interpretar tudo que as marcas pedirem, aliás essa é a coisa que Mayara mais gosta, “durante a foto a gente se transforma. Tem dias que parecemos meninas, em outros viramos mulherões. A parte mais gostosa do trabalho é ter que interpretar cada hora uma pessoa diferente!”.
Pra quem curtiu, o curso de modelo ela fez na S Model, mas é válido ligar em agências mais conhecidas como a Ford (que, inclusive, tem uma divisão Plus Size) e perguntar se eles têm interesse nesse segmento!
E por hoje é isso, curtiram o post meninas? Me contem nos comentários....
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HUA HUA
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‘Ju entrevista’: Modelo Plus Size, Carla Manso
Olá queridas, hoje fiz um post
diferente, para termos uma visão diferente da vida e acho que vou até
inaugurar uma nova seção no blog chamada “ entrevista”. Hua hua
Você aí, que acha a vida de modelo legal, mas nunca vai ser tão magra quanto a Gigi Bündchen ou a Bruna Tenório, relaxa gata! Você também pode!
A Carla Manso é jornalista, dona de uma loja virtual, pesa 92 kg, usa manequim 48/50 e é modelo! Ela começou aos 16 anos e hoje, aos 25, é uma das modelos mais requisitadas do segmento Plus Size.
Carla desfilou 7 dos 10 desfiles no Fashion Weekend Plus Size (evento mais importante de moda GG, que rolou no mês de julho, em São Paulo) e revelou “Meu sonho é ver uma modelo Plus na passarela da SPFW (risos). E não o acho impossível de se realizar”. Isso porque ela (também!) acredita que a mulher não precisa ser uma Gisele Bündchen ou a Alessandra Ambrósio para ser bonita e se vestir bem “A sociedade ditou a regra de que todo gordo deve se esconder. Dar as caras parece ser ousado demais. Muitas vezes, sinto-me pressionada a abaixar a cabeça e sentir vergonha, mas teimo e me esforço para conquistar o meu espaço e mostrar que no fundo todos somos iguais”.
Bom, meninas, na entrevista a Carla ainda fala que já teve vergonha de seu corpo, como foi seu processo de aceitação, a mudança que seu filho fez em sua vida, preconceito e muito mais. Tá tudo aí… E com vocês, Carla Manso:
– Você aceita seu corpo? Como foi aceita-lo?
Carla Manso – Não foi fácil eu me aceitar como gordinha. Passei anos correndo atrás do peso considerado ideal e o processo de aceitação foi doloroso. Eu achava que ninguém iria gostar de mim se eu não fosse “gostosa”. Fiz de tudo para emagrecer, como tomar inibidores de apetite, passar as férias em SPA, aplicar enzimas, fechar a boca, correr e gritar para Deus na janela. Sofri dos 12 aos 20. Hoje, aos 25, sou dona de uma autoestima tão grande quanto o meu tamanho. Tenho 1,70 m, peso 92 kg, uso manequim 48/50 e me considero uma das mulheres mais felizes deste mundo. Tenho um filho saudável e amoroso que adora beijar minha barriga e não se cansa de dizer o quanto me acha linda. Sinto-me estufada de tanto amor.
– O que você acha que te ajudou no processo de aceitação? Você acha que ser modelo teve influência nisso?
Carla Manso – Na adolescência eu era amarga e descuidada. Com o passar dos anos me tornei dona de um amor próprio e de uma vaidade sem tamanhos. Embora o trabalho como modelo Plus Size não tenha sido o principal responsável pela minha transformação, não posso negar sua participação. O nascimento do meu filho e a descoberta da importância do meu corpo para a criação e os cuidados com um pequeno ser amável e inocente foi o que fez meu amor-próprio surgir e crescer. Mas receber elogios de equipes em castings, desfiles e ensaios de fotos, sem dúvida, contribuiu para que eu acreditasse no potencial das minhas curvas (risos).
Ju Romano – Quando e como surgiu seu interesse pela moda?
Carla Manso – Atualmente sou dona de uma loja virtual especializada em moda Plus Size. O interesse por este mercado surgiu há um ano e meio, junto com o FATshion – o blog que alimento com cenas de bastidores dos meus trabalhos de modelo e notícias do segmento. As pesquisas e o envolvimento com a moda Plus Size foram crescendo a cada post e de repente me vi planejando uma forma de facilitar o acesso do público GG às roupas modernas que eu conhecia devido à experiência como modelo e contatos no meio.

– Você já sentiu preconceito por ser gordinha?
Carla Manso – Quando eu era mais nova, sair de balada era um grande sofrimento, porque as garotas riam das minhas roupas apertadas ou de senhoras – que era só o que eu encontrava para comprar -, enquanto os garotos me desprezavam ou me faziam de piada entre os amigos. Eu não me vestia com o que eu queria, mas sim com o que cabia em mim. E aí, como você queria que eu tivesse autoconfiança? Eu tinha vergonha de mim mesma!
– Qual é a sua maior dificuldade na hora de comprar roupas?
Carla Manso – Uma vitória foi descobrir lojas e fábricas que fazem o meu estilo e atendem tamanhos grandes, porque eu nunca mais precisei entrar em uma loja “comum” para ouvir vendedora engraçadinha dizendo “Pra você? (risos) Não tenho…”, ou as cuidadosas demais, que parecem anunciar um falecimento: “48? Infelizmente, a gente não trabalha com esta numeração… Desculpe”.
– Quais dificuldades você acha que a consumidora Plus tem na hora de se vestir?
Carla Manso – A maior dificuldade das gordinhas na hora de comprar roupas é encontrar estampas adequadas para as suas idades, cinto que caiba, bota de cano alto que feche e meia calça que suba, entre outros. As leitoras do FATshion reclamam do difícil acesso às lojas segmentadas, já que nem todas são adeptas às compras online. Quando o assunto é festa, encontrar o modelo de vestido ideal é sempre um sufoco (risos). O preço apimentado de muitas lojas chega a ser um problema e ainda há leitoras que reivindicam modelos de roupas mais ousados para as mais cheinhas, dizendo: “Eu não quero me esconder nestes panos quadrados e parecer uma senhora, se ainda sou jovem”.
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É isso aí, minha gente, a Carla é linda, muito simpática, bem sucedida e com as suas medidas. Um exemplo para todas… eu adorei a entrevista e vocês?
Se você curtiu então dá um Like e um Retweet e vamos espalhar por aí que dá sim pra se sentir bem com o corpo que você tem! \o/
Por hoje é isso…
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HUA HUA
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BJÓN
Você aí, que acha a vida de modelo legal, mas nunca vai ser tão magra quanto a Gigi Bündchen ou a Bruna Tenório, relaxa gata! Você também pode!
A Carla Manso é jornalista, dona de uma loja virtual, pesa 92 kg, usa manequim 48/50 e é modelo! Ela começou aos 16 anos e hoje, aos 25, é uma das modelos mais requisitadas do segmento Plus Size.
Carla desfilou 7 dos 10 desfiles no Fashion Weekend Plus Size (evento mais importante de moda GG, que rolou no mês de julho, em São Paulo) e revelou “Meu sonho é ver uma modelo Plus na passarela da SPFW (risos). E não o acho impossível de se realizar”. Isso porque ela (também!) acredita que a mulher não precisa ser uma Gisele Bündchen ou a Alessandra Ambrósio para ser bonita e se vestir bem “A sociedade ditou a regra de que todo gordo deve se esconder. Dar as caras parece ser ousado demais. Muitas vezes, sinto-me pressionada a abaixar a cabeça e sentir vergonha, mas teimo e me esforço para conquistar o meu espaço e mostrar que no fundo todos somos iguais”.
Bom, meninas, na entrevista a Carla ainda fala que já teve vergonha de seu corpo, como foi seu processo de aceitação, a mudança que seu filho fez em sua vida, preconceito e muito mais. Tá tudo aí… E com vocês, Carla Manso:
– Você aceita seu corpo? Como foi aceita-lo?
Carla Manso – Não foi fácil eu me aceitar como gordinha. Passei anos correndo atrás do peso considerado ideal e o processo de aceitação foi doloroso. Eu achava que ninguém iria gostar de mim se eu não fosse “gostosa”. Fiz de tudo para emagrecer, como tomar inibidores de apetite, passar as férias em SPA, aplicar enzimas, fechar a boca, correr e gritar para Deus na janela. Sofri dos 12 aos 20. Hoje, aos 25, sou dona de uma autoestima tão grande quanto o meu tamanho. Tenho 1,70 m, peso 92 kg, uso manequim 48/50 e me considero uma das mulheres mais felizes deste mundo. Tenho um filho saudável e amoroso que adora beijar minha barriga e não se cansa de dizer o quanto me acha linda. Sinto-me estufada de tanto amor.
– O que você acha que te ajudou no processo de aceitação? Você acha que ser modelo teve influência nisso?
Carla Manso – Na adolescência eu era amarga e descuidada. Com o passar dos anos me tornei dona de um amor próprio e de uma vaidade sem tamanhos. Embora o trabalho como modelo Plus Size não tenha sido o principal responsável pela minha transformação, não posso negar sua participação. O nascimento do meu filho e a descoberta da importância do meu corpo para a criação e os cuidados com um pequeno ser amável e inocente foi o que fez meu amor-próprio surgir e crescer. Mas receber elogios de equipes em castings, desfiles e ensaios de fotos, sem dúvida, contribuiu para que eu acreditasse no potencial das minhas curvas (risos).
Ju Romano – Quando e como surgiu seu interesse pela moda?
Carla Manso – Atualmente sou dona de uma loja virtual especializada em moda Plus Size. O interesse por este mercado surgiu há um ano e meio, junto com o FATshion – o blog que alimento com cenas de bastidores dos meus trabalhos de modelo e notícias do segmento. As pesquisas e o envolvimento com a moda Plus Size foram crescendo a cada post e de repente me vi planejando uma forma de facilitar o acesso do público GG às roupas modernas que eu conhecia devido à experiência como modelo e contatos no meio.

– Você já sentiu preconceito por ser gordinha?
Carla Manso – Quando eu era mais nova, sair de balada era um grande sofrimento, porque as garotas riam das minhas roupas apertadas ou de senhoras – que era só o que eu encontrava para comprar -, enquanto os garotos me desprezavam ou me faziam de piada entre os amigos. Eu não me vestia com o que eu queria, mas sim com o que cabia em mim. E aí, como você queria que eu tivesse autoconfiança? Eu tinha vergonha de mim mesma!
– Qual é a sua maior dificuldade na hora de comprar roupas?
Carla Manso – Uma vitória foi descobrir lojas e fábricas que fazem o meu estilo e atendem tamanhos grandes, porque eu nunca mais precisei entrar em uma loja “comum” para ouvir vendedora engraçadinha dizendo “Pra você? (risos) Não tenho…”, ou as cuidadosas demais, que parecem anunciar um falecimento: “48? Infelizmente, a gente não trabalha com esta numeração… Desculpe”.
– Quais dificuldades você acha que a consumidora Plus tem na hora de se vestir?
Carla Manso – A maior dificuldade das gordinhas na hora de comprar roupas é encontrar estampas adequadas para as suas idades, cinto que caiba, bota de cano alto que feche e meia calça que suba, entre outros. As leitoras do FATshion reclamam do difícil acesso às lojas segmentadas, já que nem todas são adeptas às compras online. Quando o assunto é festa, encontrar o modelo de vestido ideal é sempre um sufoco (risos). O preço apimentado de muitas lojas chega a ser um problema e ainda há leitoras que reivindicam modelos de roupas mais ousados para as mais cheinhas, dizendo: “Eu não quero me esconder nestes panos quadrados e parecer uma senhora, se ainda sou jovem”.
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É isso aí, minha gente, a Carla é linda, muito simpática, bem sucedida e com as suas medidas. Um exemplo para todas… eu adorei a entrevista e vocês?
Se você curtiu então dá um Like e um Retweet e vamos espalhar por aí que dá sim pra se sentir bem com o corpo que você tem! \o/
Por hoje é isso…
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